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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Homem Aranha - O Perigo das Armaduras



Capítulo 1
O Aviso

O amigão da vizinhança se balançava pelas teias por entre os prédios de Nova York. O uniforme estava totalmente ensopado e rasgado depois de uma batalha daquelas. Os membros inferiores doíam mais que tudo, sendo que o posterior da coxa direita estava quase azul de tão roxo. Havia acabado de resolver um problema com a gangue de goblins verdes no Central Park, e agora só precisava descansar. Chegou até a pensar em excluir seu Goblin nível 20 do World of Warcraft, mas não faria isso. Peter só queria férias, seu corpo pedia por isso, mas um herói nunca descansa muito menos o amigão da vizinhança.
Faltando apenas quatro quadras para chegar em seu humilde apartamento, sentiu o sentido aranha aguçar. Girou o corpo e saltou o mais alto que pode, desviando de uma bala que passou raspando em seu abdome. Ele grunhiu. Soltou a teia e jogou outra na lateral do prédio de onde veio a bala. Pulou sobre o terraço e mancou um pouco quando pisou sobre ele. O atirador o esperava calmamente.
O homem estava parado limpando a pistola que usou para atirar no teioso. Estava com uma camiseta preta, uma calça jeans com vários apetrechos para armas ao seu redor. Usava duas botinas pretas sujas de lama. A caveira o olhava silenciosa em seu peito musculoso. O homem tinha um rosto endurecido pela vida. Cenho franzido e barba irregular.
- Sabe. – começou o aranha. – Existem tantas formas de chamar minha atenção. Gritando, chamando meu nome, soltando uns fogos de artifício, mostrando as tetinhas... Por que justamente usa da maneira mais agressiva? – sentou em uma cadeira de praia que estava sobre o terraço.
- Tetinhas? – assoprou o cano da arma. – Não me lembrava desse seu vocabulário sujo. Deve estar andando muito com aquele mercenário que se veste como você. Não vou mostrar nenhuma tetinha. Só vim lhe dar um aviso...
- Então diga logo. – interrompeu já perdendo a paciência, sua perna estava lhe matando. – Estou muito ocupado indo para minha casa dormir.
- Fique longe de Tony Stark. – Frank Castle era muito conhecido por sua sinceridade, mas dessa vez, conseguiu surpreender Peter.
- Cumé que é raivoso? – levantou o braço e coçou a axila direita.
- Você me ouviu, Peter. Algo está errado com ele. Está agindo de forma estranha.
- Fala como se eu pudesse fazer algo. – Parker não tinha intenção alguma em prestar atenção na ladainha conspiratória do Justiceiro. – Me diga um pouco mais de detalhes e depois vou embora.
- Sua noite de sono pode esperar. – levou uma mão ao bolso traseiro e puxou um tablet preto – Consegui hackear algumas coordenadas secretas de onde o Tony esteve nas últimas semanas.
- E por que não entrou em contato com os vingadores?  Sabe quem são? Aqueles heróis mais fortes da Ter...
- Não tenho tempo para suas tolices, Parker. Observe essas fotos. – Ele se aproximou de Peter e mostrou a primeira foto. Stark estava num laboratório estranho, mexendo em um míssil. – Ao que parece, Tony Stark está desaparecido dos Estados Unidos. Nessa foto, ele aparece na Coréia do Norte. Você já viu um americano legitimo entrar na Coréia do Norte para mexer em mísseis? – passou o dedo sobre o tablet e outra foto apareceu, mostrando Stark entrando no segundo maior laboratório militar do mundo, na Coréia do Sul. – Não vou julgar ninguém, mas parece que ele está querendo jogar uma Coréia contra a outra.
- Estranho. – Peter só conseguiu dizer isso.
- Fique de olhos abertos. – guardou o tablet no bolso novamente – Nunca confiei nesse sujeito, muito menos agora.
Dessa vez, o amigão da vizinhança se calou. Ele se lembrou dos últimos acontecimentos em Stanford, quando Tony Stark perdeu o controle de sua armadura Hulk Buster, que destruiu parte da cidade e matou Luke Cage. Desde então, o “armadura vermelha” havia se isolado em algum lugar.
- Olha Frank, eu... – ele se interrompeu, pois o Justiceiro não estava mais lá. – O Homem Aranha falando sozinho. Que original. – pulou do prédio e jogou sua teia. Agora estava indo para casa.

A rua estava calma e sem muitas pessoas nela, fazia muito frio em Nova York. Peter não gostava muito disso, preferia o calor. Mesmo estando morto de cansaço, resolveu passar na pizzaria Pao’lo que ficava na sua esquina. O dono, Sr. Allioni, adorava o aranha. Sempre gostava de tirar fotos e contar suas histórias de quando morava na Itália. Dessa vez, Peter estava muito cansado, e isso o impediu de ficar muito tempo para ouvir histórias.
Esgueirou-se até a janela da cozinha e a abriu. Mary Jane não estava em casa, viajou para o Alasca a trabalho. Sua profissão como modelo orgulhava Peter, que por vezes, se gabava de ter uma esposa modelo. Pisou no chão da cozinha e percebeu que estava com as botas de seu uniforme sujas. Isso não o incomodou muito, mas M.J ficaria nervosa por sujar sua casa. Resolveu tirar as botas, sentindo o chão frio. Acendeu a luz da cozinha e depositou a caixa que carregava a pizza, sobre a mesa de apenas dois lugares. Peter não pensava em filhos. Só pensava em combater o crime, no Clarim Diário e em M.J. Tirou a mascara e jogou no chão. Pegou uma pizza, que já estava cortada e colocou na boca.
Ao entrar na sala, viu algo muito diferente parado no meio dela. Uma forma humanóide, alta e totalmente recoberta de metal. Os olhos da armadura se acenderam, juntamente com a luz em seu peito. Um círculo metálico que Peter conhecia bem o que era. Deixou o pedaço de pizza cair no chão. O sentido aranha vibrou forte em sua mente, pois nada estava certo ali. Apalpou com sua mão esquerda a parede e achou o interruptor, ligando-o. O Homem de Ferro estava em sua frente. Sua armadura não era a de costume, sendo escarlate, com o peitoral prateado, fugindo do amarelo de costume. A Mark 5e stava totalmente armada para o combate.
Peter entrou em guarda.
- Homem Aranha – disse a armadura, com sua voz robótica. – Preciso te pedir um favor.
- O que você quer Homem de Lata? – estava sem máscara e isso o preocupou.

- Preciso que você morra. – ergueu o braço esquerdo em direção a cabeça do Aranha e atirou.

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