Capítulo X
O Fim de uma Geração
Parte 1
Kitty Pride estava sentada no
canto direito da enorme sala de aula do Instituto Xavier para Mutantes, ouvindo
o tagarelar do Professor Henry McCoy. Ela observava todos os jovens daquela
sala com curiosidade. Havia trinta ou mais alunos naquele lugar, Kitty se
lembrava de seu tempo estudando ali mesmo, naquela sala. Assistia as aulas do
Professor Xavier muito entusiasmada e adorava, logicamente, as bagunças e
diversões com seus amigos de sala. Não tinha grandes responsabilidades e ao
menos participava da equipe principal do X-Men. Agora, Kitty estava no papel de
professora auxiliar de um dos maiores gênios da Terra. Henry McCoy era o X-Men
conhecido como Fera. Sua pele era azulada e repleta de pelos azuis. Seu porte
era como de um fisiculturista misturado com um gorila. Tanto McCoy, quanto
Kitty e todas as crianças que estavam ali eram excluídas da “sociedade comum”,
e o Instituto Xavier ajudava os mutantes a não desanimar nunca, além de educar
e ajudar em todos os quesitos possíveis. O sonho de Charles Xavier estava enfim
completo.
O Professor McCoy estava explicando a todas as crianças na
sala as propriedades e diferenças do fator X presente em todos os mutantes. Ele
contava um pouco de sua história com o desenvolvimento do fator X. Quando tinha
por volta de vinte e cinco anos, McCoy tentou desenvolver uma fórmula que
curasse ou reduzisse as mudanças genéticas que vinha sofrendo desde sua
adolescência. Depois de tanto tentar, ele supôs ter chego numa fórmula com
cálculos perfeitos e estáveis para a tal cura. Não havia nenhuma cobaia para
seu experimento, então testou em si mesmo. Os efeitos de sua mutação pioraram
no mesmo instante, causando a mudança da cor da pele, a alteração corporal e o
crescimento de pelos. Vendo toda essa mutação, Henry ou Hank, passou a ser
chamado pelo codinome Fera.
Kitty sorria ao ver seu antigo professor explicando com as
mesmas palavras tudo aquilo. O tempo havia passado, mas a didática de seu
antigo professor não tinha mudado em nada. Um menino levantou o braço
timidamente para sinalizar que tinha uma dúvida. Fera parou de explicar e
sorriu cordialmente.
- Pois não, Jimmy. – deixou o giz em cima de sua mesa e se
aproximou da fileira do meio, onde estava o tímido menino – Em que posso
ajudá-lo?
- Professor, é...E-Eu tenho...uma, é...dúvida – respondeu o
menino que usava óculos e se vestia de forma desleixada. Kitty se lembrou de
Peter Parker em sua época de escola.
- E qual seria sua dúvida, meu rapaz. – Hank levou a mão até
o rosto retirando seu óculos quadrado.
- Sobre, é... Sobre o fator X em nosso DNA. Seria possível,
nós... é, sabe... – o menino parou e a sala toda deu risada já entendendo o que
viria a seguir. Hank olhou para Kitty e ambos também riram da situação. Cada
momento para ela estava sendo incrível.
- A pergunta seria: Se dois mutantes tiverem relações
sexuais e tiver um filho, ele nascerá mutante? É isso? – o menino acenou que
sim balançando a cabeça. Algumas outras risadas puderam ser ouvidas, mas o
professor ignorou – E a resposta é que muito provavelmente sim. A literatura
acadêmica atual diz que existe uma probabilidade de 87,5% da criança ser
mutante. Mas ainda há uma possibilidade de nascer um bebezinho “normal”. – ele
assumiu novamente um tom de brincadeira – Por que esta pergunta, pequeno Jimmy?
Está pensando em ter um filho? – a sala inteira caiu na gargalhada novamente.
Uma menina sentada no fundo da sala chorava de tanto rir. Kitty acompanhava os
alunos rindo divertidamente.
Outra mão foi levantada. Dessa vez, era uma menina.
- Sim, Marrie. O que deseja? – ele cruzou os imensos braços
que possuía com certo tom de curiosidade.
- Professor, eu sou um pouco nova na escola e não entendo
algumas coisas. – a mãe da menina morena, de vestido branco e olhos arregalados
a havia matriculado seis dias atrás – Eu gostaria de saber quem era esse homem
chamado Charles Xavier.
Se Hank pudesse ficar pálido, isso teria acontecido agora,
pois sua expressão de alegria e cordialidade desapareceu como chuva de verão. A
pergunta o pegou de surpresa, tal como a invasão de Galactus a Terra anos
atrás. Os X-Men tiveram de unir força com o Quarteto Fantástico e o grupo
conhecido como Inumanos para deter o Devorador de Mundos. Foi uma batalha árdua
e complicada para todos, levando a morte de Charles Xavier que tentou transferir
sua mente para a de Galactus. Isso não deu nada certo, mas conseguiram conter
toda sua refeição. Hank ainda se sentia culpado pela morte do amigo, julgando
ser fraco a ponto de não conseguir salvar ninguém de nada. Charles era mais que
um amigo. Um irmão.
- Ele... – a voz de Hank saiu falha e com pesar – Charles
era meu amigo. – seus olhos ficaram marejados, Kitty os pode ver de longe.
A porta da sala se abriu tirando a atenção de todos que
olhavam o Professor com dúvida e até mesmo pena. Um homem alto e imponente
entrou no lugar rapidamente. Seus passos eram firmes, como suas vestes sociais,
trajando um terno preto em perfeito estado. Seu olhar era sério e, pelo visto,
não estava para brincadeiras. Todos observavam as cicatrizes em seu rosto, parecendo
um herói de guerra. O homem parou perto de Hank e olhou para os alunos por trás
de seu óculos de lentes escarlates.
- Bom dia a todos. – o Diretor do Instituto começou a falar.
Seu nome é Scott Summers, o mutante conhecido como Ciclope. Desde a morte de
Charles, ele assumiu a posição de líder dos X-Men e Diretor do Instituto
Xavier. A vida o havia endurecido – As aulas estão suspensas por tempo
indeterminado. Todos devem dirigir-se imediatamente para o abrigo antinuclear
no subsolo. – todos os alunos se olharam e um baixo burburinho começou a
surgir.
- Vão! – Scott aumentou o som de sua voz e sua face se
endureceu ainda mais. Os alunos se levantaram, guardando os materiais em suas
bolsas e se dirigindo o mais rápido possível para a porta da sala.
Enquanto os alunos estavam saindo pela porta, aos tropeços,
Kitty se aproximou de Hank e Scott que estavam conversando.
- O que está havendo, Scott? – indagou Kitty
- Não há tempo de explicar os mínimos detalhes. Mas só para
entenderem um pouco, estamos sobre uma ameaça de categoria cinco. – ele virou
as costas e andou para a porta – Vistam seus uniformes. Em poucos minutos,
estaremos sob ataque.
Kitty demorava mais do que costume para se arrumar. Seu
quarto estava totalmente bagunçado e, naquele momento, não havia tempo para
pequenas faxinas. Fazia poucas horas que chegara de viagem e logo lançou suas
bagagens sobre a cama do quarto antigo, se aconchegando na poltrona ao lado
para descansar por alguns minutos antes da aula que acabara de ter.
A viagem havia sido muito boa, ela precisava de férias para
se recuperar dos últimos incidentes que passara. Participar de missões oficiais
pelos X-Men não era nada fácil, pois sempre havia um grande estresse, sem
contar na paciência infinita que precisava ter para aguentar seu líder. Ciclope
era sempre mandão e reclamava fácil se algo não saía bem feito. Kitty se
lembrou da época em que Jean estava viva. Após a morte dela, Scott trancou em
dentro si todo sentimento que ainda sentia pela falecida esposa. Ainda sentia
pena dele. Kitty resolveu viajar para Madrid e Paris, além de conhecer as
lindas montanhas do Peru. Sentou-se na cama e puxou seu smartphone do bolso,
para observar sua foto que tirou das montanhas. Ela sentia saudade daquela paz,
mas agora tudo voltaria ao normal. Levantou-se e foi até o armário no canto
esquerdo da sala. Ao abrir, lá estava seu antigo traje de incontáveis batalhas
que participara. Ele estava pendurado num cabide comum e cheirava a mofo. O
tecido era perfeito e ela gostava da suavidade que tinha em contato com sua
pele. A cor era toda preta, com traços vermelhos pelos braços e no meio do
torço.
Ao retirar o traje do armário, abriu a primeira gaveta e
puxou suas luvas vermelhas com detalhes pretos. Por último, abriu um pequeno
compartimento na lateral do armário e tirou as botas pretas e um pouco gastas.
Jogou tudo na cama e se despiu com facilidade. Andou até a lateral esquerda do
quarto, onde pairava um espelho de corpo inteiro. Ela olhou as pequenas
dobrinhas que se formavam na cintura e soube que precisava maneirar nas
refeições, pois comeu muitas delícias típicas de cada região enquanto viajava.
Ela suspirou. Voltou-se para a cama e colocou o traje. Agora estava um pouco
apertado nos seios e no abdome, isso a fez se sentir gorda. Colocou sua bota e
por fim suas luvas. Foi até a porta e a abriu rapidamente. Olhou para trás,
vendo seu quarto e a vida que gostaria de deixar novamente. Talvez, após essa
missão, ela voltaria para o Peru, afinal de contas, os X-Men não eram os
mesmos. Fechou a porta e adentrou o corredor da mansão, pensativa.
Quando chegou ao elevador, apertou o botão que o chamava.
Não demorou muito até que viesse e abrisse a porta. Ao entrar, pressionou um
botão vermelho no canto superior esquerdo, tinha um “X” marcado. Um
compartimento metálico apareceu logo abaixo do painel de números dos andares. O
leitor de mãos pediu que o passageiro colocasse sua mão esquerda ali para
verificação. Kitty deu de ombros, retirou a luva da mão esquerda e a pressionou
contra o leitor. Uma luz vermelha piscou duas vezes e uma voz surgiu do alto
falante do elevador. “Seja bem-vinda
novamente, Kitty Pride”, isso a fez sorrir. A porta se fechou e o elevador
tornou a descer.
O andar que surgiu se localizava no subsolo, ela andou em direção
ao corredor em sua frente quando a porta se abriu. A parede, chão e teto eram
feitos de uma liga de metal que suportava a radiação de uma bomba atômica,
suprimindo seu efeito e dissipando-a. Virou à esquerda do primeiro corredor,
passando por uma porta enorme. Aquela era a sala de treinamento. Passou também
pela sala de reuniões, mas ela sabia que não estavam lá. Enfim, chegou numa porta
redonda com um X enorme e também necessitava de leitura da mão. Kitty já estava
sem a luva, estendeu o braço esquerdo e pressionou a palma da mão contra o
leitor.
A porta se abriu girando para o lado esquerdo. O antigo
Cérebro havia se tornado uma vasta área de pesquisas para Mutantes e também
Inumanos. Era chamada de Sala X em homenagem ao grande Charles Xavier que, com
toda certeza, ficaria orgulhoso ao ver tanto progresso da parte de seus
“filhos”. A altura da sala era de mais de vinte metros e meio, sendo sua
largura desconhecida para Kitty. O lugar era tão grande, que poderia ser
colocado todos os cento e vinte e sete alunos ali dentro, e ainda sobraria
espaço. Dezenas de computadores e tubos de ensaio estavam ali. Ela passou pela
porta observando o centro da sala. O computador cérebro estava rodeado pelos
X-Men, mas alguém que Kitty não via faz tempo estava ali. Apressou o passo.
- O que esse cara está fazendo aqui? – aumentou o tom de
voz. Colossus, Anjo, Homem de Gelo, Fera e Ciclope olharam para ela no mesmo
instante. Todos estavam vestidos com seus trajes de costume e estavam atrás do
homem sentado na poltrona que digitava no computador cérebro – Anos atrás ele
veio até nós tentando impor a Lei de Registro de Super-Humanos, vocês se
esqueceram disso?
- Ninguém se esqueceu de nada, Kitty – Ciclope respondeu –
Agora se acalme. Precisamos de Hank.
- É um prazer vê-la de novo, Pride. – Hank Pym, o antigo
Homem Formiga e atual Jaqueta Amarela disse em to irônico.
- Me poupe de seus gracejos, Pym. – anos atrás, Hank e Kitty
tiveram um envolvimento emocional. Não acabou nada bem.
- Eu também estou aqui, Kitty – uma voz veio do painel do
computador. Ela apertou os olhos e viu um homenzinho do tamanho de uma formiga,
mexendo num pequeno aparato. Ele colocou dentro de uma fissura minúscula do
computador. Correu até a beira e pulou. Como um piscar de olhos, o homem estava
de volta ao seu tamanho normal. Scott Lang era o atual Homem Formiga e sua
amizade com Kitty era grande. Ela o
abraçou e ele retribuiu o carinho com afeto. Bobby, o Homem de Gelo olhou feio
para essa cena. Era o ex-namorado de Kitty, mas ainda nutria sentimentos por
ela. Quando ela o soltou, pode ver que seus olhos estavam tristes e sem muita
motivação. Um sorriso sem graça era tudo o que podia ver em seu rosto.
- O que houve, Scott? – ela resolveu perguntar. Sentiu que
algo muito ruim estava por vir.
- Kitty, eu... –
ele retirou o capacete prateado com antenas. A frase falhou ao sair de sua boca
fazendo-o pausar imediatamente. Scott Lang era conhecido por seu incrível bom
humor e sua esperança que no final tudo daria certo, mas agora...
- Cassie Lang, a heroína conhecida como Estatura, está
morta. – foi Hank Pym que resolveu falar, seu tom era de pesar. Por apenas
alguns segundos, ele baixou a cabeça e parou de digitar. Todos os X-Men ali
presentes também abaixaram suas cabeças em sinal de respeito – Não somente
Cassie, mas também os Novos Vingadores e os Novos Guerreiros. Todos foram
mortos.
Por um momento, Kitty pensou que tudo não passava de uma
simples brincadeira. Ciclope era o único que permanecia com a cabeça para cima,
mas em silêncio. Mas atrás de seu Visor escarlate, feito de quartzo-rubi, era
notável que havia um olhar duro.
- O que quer dizer com “Cassie está morta”? - olhou para
todos ao seu redor e nenhuma resposta foi obtida – Vocês só podem estar de
brincadeira comigo.
- Kitty – Homem Formiga colocou a mão direita em seu ombro –
É verdade. Patriota, Wiccano, Hulkling, Namorita, Cassie e todos os outros,
estão mortos.
- Mas... – o gosto amargo da ira veio em sua boca – Quem é
que está causando tudo isso?
- Não temos tempo para papear. – Jaqueta Amarela se
levantou, puxou um cabo que estava ligado ao computador e colocou na mão de
Ciclope – Ele chegou, precisamos fugir daqui.
- Não – Ciclope segurou o pulso de Pym – Ficaremos e
lutaremos. Vamos acabar com essa ameaça.
- Está louco? Não temos nenhum poder de fogo para deter
tanta... – sua frase foi interrompida por uma explosão no teto da sala. Não
apenas uma, mas uma seguida da outra. Escombros caíam rapidamente sobre eles.
Ciclope começou a atirar seus raios vermelhos para pulverizar tudo o que caía.
Bobby rapidamente transformou sua pele numa camada de gelo forte. Apontou suas
mãos para o chão e raios de gelo saíram, construindo um pequeno abrigo para
todos ali.
- Rápido, entrem. – Anjo foi o primeiro a entrar puxando
Homem Formiga consigo, Fera que até o presente momento estava calado rugiu
furioso e golpeou escombros que caíam. Kitty não entendia o que estava
acontecendo e resolveu ficar ali mesmo, enquanto escombros atravessavam seu
corpo como se fosse nada. Ciclope foi atingido no ombro direito, rasgando sua
veste e deixando amostra seu braço metálico feito de vibranium, causando
ferimentos leves em seu torço. Colossus esmurrava com vontade tudo o que via
pela frente. Súbito, tudo parou.
Faixos de luz entraram no lugar todo, mas algo lá em cima
desceu com velocidade fora do comum e acertou Colossus no peitoral, sendo
lançado em cima de uma pila de computadores. Kitty arregalou os olhos e não
acreditou no que viu. Uma armadura
diferente estava agora parada no chão olhando para todos. Sua cor era preta e
em seu peitoral, um círculo com luz vermelha. O visor também tinha cor
vermelha. Ele começou a dar pequenos passos na direção dos X-Men.
- É interessante ver tantos insetos reunidos num
formigueiro. – disse Tony Stark, abrindo o visor e revelando seu rosto. A barba
tradicional estava lá. Os olhos prepotentes também. O sorriso debochado se
alargou numa amplitude estranha, mostrando os dentes brancos e em perfeito
estado – Eu mal chego e vocês já estão assim? Cheios de medo?
- Stark? – Kitty respondeu num misto de dúvida e medo – O
que você está fazendo? Por que nos atacar assim?
- O que estou fazendo? – ele abriu os braços metálicos em
sinal de dúvida – Não é óbvio, Senhorita Pride? Estou apenas aniquilando todos
vocês mutantes da face desse planetinha miserável? – as palavras dele soavam
como de alguém que não era daqui.
- Por quê? – gritou Kitty
- Não há lugar para vocês mutantes em meu império, poderiam
se tornar um problema futuramente. Apenas os humanos serão poupados, para serem
escravizados. – o sorriso se fechou.
- Já ouvi ladainhas demais desse sujeito metido a esperto –
Bobby saiu de dentro do abrigo de gelo. Estendeu os dois braços para frente e
lançou seu raio de gelo em Stark, acertando no peitoral em cheio. A armadura
nem se moveu. Uma névoa branca vinda do gelo que ainda era lançado sobre ele
tomou conta de todo seu corpo. Qualquer um recebesse aquele ataque, no mesmo
instante congelaria. Uma luz vermelha apareceu em meio à névoa e logo em
seguida foi arremessada contra a cabeça de Bobby. Súbito, conseguiu desviar,
mas a energia acertou seu ombro direito fazendo com que o sangue descesse. Bobby
caiu sobre o joelho esquerdo levando a mão ao seu ombro para estancar o sangue.
Grunhiu de dor ao ter de congelar o ombro. O Homem de Ferro deu de ombros. A
névoa havia se dissipado de seu corpo.
- Os guerreiros da terra são tão ingênuos. – suas botas de
ferro se acionaram tirando-o do chão. O ataque do Homem de Gelo não o danificou
em nada - Agora preciso ir. Um mundo todo para dominar não é uma tarefa tão
rápida.
- Guerreiros da terra? – Ciclope disse de longe – Quem é
você?
- Trouxe um presente para vocês. Um velho e melhorado
presente – ele acionou algo em seu pulso e logo dezenas de armaduras começaram
a entrar pelo buraco no teto. Não eram armaduras comuns e sim Sentinelas –
Essas são as Mark-Sentinelas. Melhoradas com a tecnologia das indústrias Stark.
Todas as unidades ataquem para matar. Capturem Henry McCoy e Henry Pym vivos. –
as armaduras de cor roxo com prata desceram num único embalo.
- X-Men, formação de batalha número cinco. – gritou Ciclope
assumindo uma posição de luta. Seu talento para liderança era incrível, mas seu
orgulho era o contraponto disso. Bobby e Kitty se aproximaram e ficaram ao
redor dele. Colossus veio correndo ao encontro deles. Estavam preparados para o
embate. As primeiras Mark-Sentinelas desceram para o embate. Anjo alçou vôo
para o embate, retirando sua espada da bainha. Fera recuou junto com Hank Pym e
Scott Lang. Anjo fez uma investida e, segurando o cabo da espada com as duas
mãos, cortou a cintura de uma armadura e decepou a cabeça de outra. Sua espada
era feita de Adamantium, a mesma liga metálica de Wolverine. Fez uma evasiva no
tempo correto em que um raio vermelho atingiu três Sentinelas, destruindo-as no
mesmo instante. Bobby arremessou três lanças de gelo, mas não acertou nada.
Mais armaduras desciam sobre o buraco no teto.
- Lang! – gritou Colossus – Me arremesse ali – apontou para
três armaduras que desciam juntas.
- Agora mesmo – ele pressionou algum botão em seu pulso e no
mesmo instante começou a crescer. Com sua imensa mão, segurou Colossus, olhou
para o alvo e o arremessou. Ele voou rapidamente e estendeu sua perna para
acertar a cabeça da primeira armadura, atravessando-a sem nenhuma dificuldade.
Desferiu um soco no peitoral da que estava atrás e segurou a outra, caindo em
seguida. Ele a abraçou e pôs debaixo de seu corpo. Todos viram quando Colossus
caiu no chão com a Mark-Sentinela que foi esmagada por seu corpanzil metálico.
Hank Pym puxou um pequeno dispositivo de seu bolso e o
pressionou. Uma arma se desenvolveu. Tinha a aparência de uma bazuca. Ele
flexionou seu joelho no chão e começou a atirar acertando as outras
Mark-Sentinelas que caíram inertes no chão. Todos olharam para cima e não viam
mais nada, mas isso não durou muito. Mais e mais armaduras destruíam o teto por
inteiro, fazendo com que mais escombros caíssem sobre os X-Men. Mas não apenas
isso, sendo que atiravam raios azulados em seus inimigos. O Homem Formiga foi
acertado em vários pontos sendo derrubado e gemendo de dor. Ele voltou á forma
normal e Fera se colocou em sua frente.
Ciclope olhou ao seu redor e percebeu que suas chances de
vitória ali eram poucas e aquelas Sentinelas não eram as únicas que entrariam.
Por mais que aquela sala fosse enorme, ainda era um campo fechado e isso
limitava suas ações.
- Kitty! – gritou ele – Consegue nos tirar daqui com aquilo?
– ele citava uma nova técnica que ela ainda estava desenvolvendo.
- É muito arriscado. – gritou ela em resposta – Não sei se
vou conseguir.
- Não há como vencermos aqui dentro, Kitty. – atirou numa
armadura que se aproximava – Precisa fazer isso. Por nós.
- Eu... – ela ficou sem palavra. Via seus amigos lutando
bravamente e ela até agora só observava. Anjo fatiava armaduras em cima.
Colossus lutava com quatro delas no chão ao lado de Fera. Bobby arremessava
flechas de gelo agora. Até Hank Pym lutava, carregando sua estranha bazuca. Ela
precisava fazer alguma coisa – Juntem-se todos! – mas ninguém a ouviu.
- Juntem-se todos, AGORA! – seu brado foi demasiadamente
forte fazendo com que todos a ouvissem. Ciclope pegou Homem Formiga e o colocou
em suas costas, para se unir à Kitty. Colossus e Fera se livraram de seus
oponentes e correram em sua direção. Anjo desceu dos céus e segurou o Jaqueta
Amarela pelo colarinho. Ele não gostou nada disso. – Preciso que todos toquem
numa parte de meu corpo. Bobby encostou a palma de sua mão no ombro direito.
Fera fez o mesmo. Colossus e Anjo seguraram seu braço. Ciclope e Homem Formiga
tocaram em seu pulso. Jaqueta Amarela foi o último segurando a cintura de
Kitty.
- Nós confiamos em você. – ele disse olhando em seus olhos. Ela
sorriu preocupada, mas fechou seus olhos. Podia ouvir o som de mais
Mark-Sentinelas se aproximando. Ela mentalizou o campo de futebol do Instituto.
O lugar era bem aberto e não teriam dificuldade de fugir dali se fosse preciso.
Não demorou muito até que todos sentissem um arrepio na espinha e seus pelos se
eriçarem. Fecharam os olhos e desapareceram do lugar. As Mark-Sentinelas se
chocaram com o chão sem entender para onde seu alvo foi parar. A batalha ainda
não havia acabado.
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