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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Homem Aranha - Guerra das Armaduras


Capítulo X
O Fim de uma Geração
Parte 1

Kitty Pride estava sentada no canto direito da enorme sala de aula do Instituto Xavier para Mutantes, ouvindo o tagarelar do Professor Henry McCoy. Ela observava todos os jovens daquela sala com curiosidade. Havia trinta ou mais alunos naquele lugar, Kitty se lembrava de seu tempo estudando ali mesmo, naquela sala. Assistia as aulas do Professor Xavier muito entusiasmada e adorava, logicamente, as bagunças e diversões com seus amigos de sala. Não tinha grandes responsabilidades e ao menos participava da equipe principal do X-Men. Agora, Kitty estava no papel de professora auxiliar de um dos maiores gênios da Terra. Henry McCoy era o X-Men conhecido como Fera. Sua pele era azulada e repleta de pelos azuis. Seu porte era como de um fisiculturista misturado com um gorila. Tanto McCoy, quanto Kitty e todas as crianças que estavam ali eram excluídas da “sociedade comum”, e o Instituto Xavier ajudava os mutantes a não desanimar nunca, além de educar e ajudar em todos os quesitos possíveis. O sonho de Charles Xavier estava enfim completo.
         O Professor McCoy estava explicando a todas as crianças na sala as propriedades e diferenças do fator X presente em todos os mutantes. Ele contava um pouco de sua história com o desenvolvimento do fator X. Quando tinha por volta de vinte e cinco anos, McCoy tentou desenvolver uma fórmula que curasse ou reduzisse as mudanças genéticas que vinha sofrendo desde sua adolescência. Depois de tanto tentar, ele supôs ter chego numa fórmula com cálculos perfeitos e estáveis para a tal cura. Não havia nenhuma cobaia para seu experimento, então testou em si mesmo. Os efeitos de sua mutação pioraram no mesmo instante, causando a mudança da cor da pele, a alteração corporal e o crescimento de pelos. Vendo toda essa mutação, Henry ou Hank, passou a ser chamado pelo codinome Fera.
         Kitty sorria ao ver seu antigo professor explicando com as mesmas palavras tudo aquilo. O tempo havia passado, mas a didática de seu antigo professor não tinha mudado em nada. Um menino levantou o braço timidamente para sinalizar que tinha uma dúvida. Fera parou de explicar e sorriu cordialmente.
         - Pois não, Jimmy. – deixou o giz em cima de sua mesa e se aproximou da fileira do meio, onde estava o tímido menino – Em que posso ajudá-lo?
         - Professor, é...E-Eu tenho...uma, é...dúvida – respondeu o menino que usava óculos e se vestia de forma desleixada. Kitty se lembrou de Peter Parker em sua época de escola.
         - E qual seria sua dúvida, meu rapaz. – Hank levou a mão até o rosto retirando seu óculos quadrado.
         - Sobre, é... Sobre o fator X em nosso DNA. Seria possível, nós... é, sabe... – o menino parou e a sala toda deu risada já entendendo o que viria a seguir. Hank olhou para Kitty e ambos também riram da situação. Cada momento para ela estava sendo incrível.
         - A pergunta seria: Se dois mutantes tiverem relações sexuais e tiver um filho, ele nascerá mutante? É isso? – o menino acenou que sim balançando a cabeça. Algumas outras risadas puderam ser ouvidas, mas o professor ignorou – E a resposta é que muito provavelmente sim. A literatura acadêmica atual diz que existe uma probabilidade de 87,5% da criança ser mutante. Mas ainda há uma possibilidade de nascer um bebezinho “normal”. – ele assumiu novamente um tom de brincadeira – Por que esta pergunta, pequeno Jimmy? Está pensando em ter um filho? – a sala inteira caiu na gargalhada novamente. Uma menina sentada no fundo da sala chorava de tanto rir. Kitty acompanhava os alunos rindo divertidamente.
         Outra mão foi levantada. Dessa vez, era uma menina.
         - Sim, Marrie. O que deseja? – ele cruzou os imensos braços que possuía com certo tom de curiosidade.
         - Professor, eu sou um pouco nova na escola e não entendo algumas coisas. – a mãe da menina morena, de vestido branco e olhos arregalados a havia matriculado seis dias atrás – Eu gostaria de saber quem era esse homem chamado Charles Xavier.
         Se Hank pudesse ficar pálido, isso teria acontecido agora, pois sua expressão de alegria e cordialidade desapareceu como chuva de verão. A pergunta o pegou de surpresa, tal como a invasão de Galactus a Terra anos atrás. Os X-Men tiveram de unir força com o Quarteto Fantástico e o grupo conhecido como Inumanos para deter o Devorador de Mundos. Foi uma batalha árdua e complicada para todos, levando a morte de Charles Xavier que tentou transferir sua mente para a de Galactus. Isso não deu nada certo, mas conseguiram conter toda sua refeição. Hank ainda se sentia culpado pela morte do amigo, julgando ser fraco a ponto de não conseguir salvar ninguém de nada. Charles era mais que um amigo. Um irmão.
         - Ele... – a voz de Hank saiu falha e com pesar – Charles era meu amigo. – seus olhos ficaram marejados, Kitty os pode ver de longe.
         A porta da sala se abriu tirando a atenção de todos que olhavam o Professor com dúvida e até mesmo pena. Um homem alto e imponente entrou no lugar rapidamente. Seus passos eram firmes, como suas vestes sociais, trajando um terno preto em perfeito estado. Seu olhar era sério e, pelo visto, não estava para brincadeiras. Todos observavam as cicatrizes em seu rosto, parecendo um herói de guerra. O homem parou perto de Hank e olhou para os alunos por trás de seu óculos de lentes escarlates.
         - Bom dia a todos. – o Diretor do Instituto começou a falar. Seu nome é Scott Summers, o mutante conhecido como Ciclope. Desde a morte de Charles, ele assumiu a posição de líder dos X-Men e Diretor do Instituto Xavier. A vida o havia endurecido – As aulas estão suspensas por tempo indeterminado. Todos devem dirigir-se imediatamente para o abrigo antinuclear no subsolo. – todos os alunos se olharam e um baixo burburinho começou a surgir.
         - Vão! – Scott aumentou o som de sua voz e sua face se endureceu ainda mais. Os alunos se levantaram, guardando os materiais em suas bolsas e se dirigindo o mais rápido possível para a porta da sala.
         Enquanto os alunos estavam saindo pela porta, aos tropeços, Kitty se aproximou de Hank e Scott que estavam conversando.
         - O que está havendo, Scott? – indagou Kitty
         - Não há tempo de explicar os mínimos detalhes. Mas só para entenderem um pouco, estamos sobre uma ameaça de categoria cinco. – ele virou as costas e andou para a porta – Vistam seus uniformes. Em poucos minutos, estaremos sob ataque.


         Kitty demorava mais do que costume para se arrumar. Seu quarto estava totalmente bagunçado e, naquele momento, não havia tempo para pequenas faxinas. Fazia poucas horas que chegara de viagem e logo lançou suas bagagens sobre a cama do quarto antigo, se aconchegando na poltrona ao lado para descansar por alguns minutos antes da aula que acabara de ter.
         A viagem havia sido muito boa, ela precisava de férias para se recuperar dos últimos incidentes que passara. Participar de missões oficiais pelos X-Men não era nada fácil, pois sempre havia um grande estresse, sem contar na paciência infinita que precisava ter para aguentar seu líder. Ciclope era sempre mandão e reclamava fácil se algo não saía bem feito. Kitty se lembrou da época em que Jean estava viva. Após a morte dela, Scott trancou em dentro si todo sentimento que ainda sentia pela falecida esposa. Ainda sentia pena dele. Kitty resolveu viajar para Madrid e Paris, além de conhecer as lindas montanhas do Peru. Sentou-se na cama e puxou seu smartphone do bolso, para observar sua foto que tirou das montanhas. Ela sentia saudade daquela paz, mas agora tudo voltaria ao normal. Levantou-se e foi até o armário no canto esquerdo da sala. Ao abrir, lá estava seu antigo traje de incontáveis batalhas que participara. Ele estava pendurado num cabide comum e cheirava a mofo. O tecido era perfeito e ela gostava da suavidade que tinha em contato com sua pele. A cor era toda preta, com traços vermelhos pelos braços e no meio do torço.
         Ao retirar o traje do armário, abriu a primeira gaveta e puxou suas luvas vermelhas com detalhes pretos. Por último, abriu um pequeno compartimento na lateral do armário e tirou as botas pretas e um pouco gastas. Jogou tudo na cama e se despiu com facilidade. Andou até a lateral esquerda do quarto, onde pairava um espelho de corpo inteiro. Ela olhou as pequenas dobrinhas que se formavam na cintura e soube que precisava maneirar nas refeições, pois comeu muitas delícias típicas de cada região enquanto viajava. Ela suspirou. Voltou-se para a cama e colocou o traje. Agora estava um pouco apertado nos seios e no abdome, isso a fez se sentir gorda. Colocou sua bota e por fim suas luvas. Foi até a porta e a abriu rapidamente. Olhou para trás, vendo seu quarto e a vida que gostaria de deixar novamente. Talvez, após essa missão, ela voltaria para o Peru, afinal de contas, os X-Men não eram os mesmos. Fechou a porta e adentrou o corredor da mansão, pensativa.
         Quando chegou ao elevador, apertou o botão que o chamava. Não demorou muito até que viesse e abrisse a porta. Ao entrar, pressionou um botão vermelho no canto superior esquerdo, tinha um “X” marcado. Um compartimento metálico apareceu logo abaixo do painel de números dos andares. O leitor de mãos pediu que o passageiro colocasse sua mão esquerda ali para verificação. Kitty deu de ombros, retirou a luva da mão esquerda e a pressionou contra o leitor. Uma luz vermelha piscou duas vezes e uma voz surgiu do alto falante do elevador. “Seja bem-vinda novamente, Kitty Pride”, isso a fez sorrir. A porta se fechou e o elevador tornou a descer.

         O andar que surgiu se localizava no subsolo, ela andou em direção ao corredor em sua frente quando a porta se abriu. A parede, chão e teto eram feitos de uma liga de metal que suportava a radiação de uma bomba atômica, suprimindo seu efeito e dissipando-a. Virou à esquerda do primeiro corredor, passando por uma porta enorme. Aquela era a sala de treinamento. Passou também pela sala de reuniões, mas ela sabia que não estavam lá. Enfim, chegou numa porta redonda com um X enorme e também necessitava de leitura da mão. Kitty já estava sem a luva, estendeu o braço esquerdo e pressionou a palma da mão contra o leitor.
         A porta se abriu girando para o lado esquerdo. O antigo Cérebro havia se tornado uma vasta área de pesquisas para Mutantes e também Inumanos. Era chamada de Sala X em homenagem ao grande Charles Xavier que, com toda certeza, ficaria orgulhoso ao ver tanto progresso da parte de seus “filhos”. A altura da sala era de mais de vinte metros e meio, sendo sua largura desconhecida para Kitty. O lugar era tão grande, que poderia ser colocado todos os cento e vinte e sete alunos ali dentro, e ainda sobraria espaço. Dezenas de computadores e tubos de ensaio estavam ali. Ela passou pela porta observando o centro da sala. O computador cérebro estava rodeado pelos X-Men, mas alguém que Kitty não via faz tempo estava ali. Apressou o passo.
         - O que esse cara está fazendo aqui? – aumentou o tom de voz. Colossus, Anjo, Homem de Gelo, Fera e Ciclope olharam para ela no mesmo instante. Todos estavam vestidos com seus trajes de costume e estavam atrás do homem sentado na poltrona que digitava no computador cérebro – Anos atrás ele veio até nós tentando impor a Lei de Registro de Super-Humanos, vocês se esqueceram disso?
         - Ninguém se esqueceu de nada, Kitty – Ciclope respondeu – Agora se acalme. Precisamos de Hank.
         - É um prazer vê-la de novo, Pride. – Hank Pym, o antigo Homem Formiga e atual Jaqueta Amarela disse em to irônico.
         - Me poupe de seus gracejos, Pym. – anos atrás, Hank e Kitty tiveram um envolvimento emocional. Não acabou nada bem.
         - Eu também estou aqui, Kitty – uma voz veio do painel do computador. Ela apertou os olhos e viu um homenzinho do tamanho de uma formiga, mexendo num pequeno aparato. Ele colocou dentro de uma fissura minúscula do computador. Correu até a beira e pulou. Como um piscar de olhos, o homem estava de volta ao seu tamanho normal. Scott Lang era o atual Homem Formiga e sua amizade com Kitty era grande.     Ela o abraçou e ele retribuiu o carinho com afeto. Bobby, o Homem de Gelo olhou feio para essa cena. Era o ex-namorado de Kitty, mas ainda nutria sentimentos por ela. Quando ela o soltou, pode ver que seus olhos estavam tristes e sem muita motivação. Um sorriso sem graça era tudo o que podia ver em seu rosto.
         - O que houve, Scott? – ela resolveu perguntar. Sentiu que algo muito ruim estava por vir.
- Kitty, eu... – ele retirou o capacete prateado com antenas. A frase falhou ao sair de sua boca fazendo-o pausar imediatamente. Scott Lang era conhecido por seu incrível bom humor e sua esperança que no final tudo daria certo, mas agora...
         - Cassie Lang, a heroína conhecida como Estatura, está morta. – foi Hank Pym que resolveu falar, seu tom era de pesar. Por apenas alguns segundos, ele baixou a cabeça e parou de digitar. Todos os X-Men ali presentes também abaixaram suas cabeças em sinal de respeito – Não somente Cassie, mas também os Novos Vingadores e os Novos Guerreiros. Todos foram mortos.
         Por um momento, Kitty pensou que tudo não passava de uma simples brincadeira. Ciclope era o único que permanecia com a cabeça para cima, mas em silêncio. Mas atrás de seu Visor escarlate, feito de quartzo-rubi, era notável que havia um olhar duro.
         - O que quer dizer com “Cassie está morta”? - olhou para todos ao seu redor e nenhuma resposta foi obtida – Vocês só podem estar de brincadeira comigo.
         - Kitty – Homem Formiga colocou a mão direita em seu ombro – É verdade. Patriota, Wiccano, Hulkling, Namorita, Cassie e todos os outros, estão mortos.
         - Mas... – o gosto amargo da ira veio em sua boca – Quem é que está causando tudo isso?
         - Não temos tempo para papear. – Jaqueta Amarela se levantou, puxou um cabo que estava ligado ao computador e colocou na mão de Ciclope – Ele chegou, precisamos fugir daqui.
         - Não – Ciclope segurou o pulso de Pym – Ficaremos e lutaremos. Vamos acabar com essa ameaça.
         - Está louco? Não temos nenhum poder de fogo para deter tanta... – sua frase foi interrompida por uma explosão no teto da sala. Não apenas uma, mas uma seguida da outra. Escombros caíam rapidamente sobre eles. Ciclope começou a atirar seus raios vermelhos para pulverizar tudo o que caía. Bobby rapidamente transformou sua pele numa camada de gelo forte. Apontou suas mãos para o chão e raios de gelo saíram, construindo um pequeno abrigo para todos ali.
         - Rápido, entrem. – Anjo foi o primeiro a entrar puxando Homem Formiga consigo, Fera que até o presente momento estava calado rugiu furioso e golpeou escombros que caíam. Kitty não entendia o que estava acontecendo e resolveu ficar ali mesmo, enquanto escombros atravessavam seu corpo como se fosse nada. Ciclope foi atingido no ombro direito, rasgando sua veste e deixando amostra seu braço metálico feito de vibranium, causando ferimentos leves em seu torço. Colossus esmurrava com vontade tudo o que via pela frente. Súbito, tudo parou.
         Faixos de luz entraram no lugar todo, mas algo lá em cima desceu com velocidade fora do comum e acertou Colossus no peitoral, sendo lançado em cima de uma pila de computadores. Kitty arregalou os olhos e não acreditou no que viu.      Uma armadura diferente estava agora parada no chão olhando para todos. Sua cor era preta e em seu peitoral, um círculo com luz vermelha. O visor também tinha cor vermelha. Ele começou a dar pequenos passos na direção dos X-Men.
         - É interessante ver tantos insetos reunidos num formigueiro. – disse Tony Stark, abrindo o visor e revelando seu rosto. A barba tradicional estava lá. Os olhos prepotentes também. O sorriso debochado se alargou numa amplitude estranha, mostrando os dentes brancos e em perfeito estado – Eu mal chego e vocês já estão assim? Cheios de medo?
         - Stark? – Kitty respondeu num misto de dúvida e medo – O que você está fazendo? Por que nos atacar assim?
         - O que estou fazendo? – ele abriu os braços metálicos em sinal de dúvida – Não é óbvio, Senhorita Pride? Estou apenas aniquilando todos vocês mutantes da face desse planetinha miserável? – as palavras dele soavam como de alguém que não era daqui.
         - Por quê? – gritou Kitty
         - Não há lugar para vocês mutantes em meu império, poderiam se tornar um problema futuramente. Apenas os humanos serão poupados, para serem escravizados. – o sorriso se fechou.
         - Já ouvi ladainhas demais desse sujeito metido a esperto – Bobby saiu de dentro do abrigo de gelo. Estendeu os dois braços para frente e lançou seu raio de gelo em Stark, acertando no peitoral em cheio. A armadura nem se moveu. Uma névoa branca vinda do gelo que ainda era lançado sobre ele tomou conta de todo seu corpo. Qualquer um recebesse aquele ataque, no mesmo instante congelaria. Uma luz vermelha apareceu em meio à névoa e logo em seguida foi arremessada contra a cabeça de Bobby. Súbito, conseguiu desviar, mas a energia acertou seu ombro direito fazendo com que o sangue descesse. Bobby caiu sobre o joelho esquerdo levando a mão ao seu ombro para estancar o sangue. Grunhiu de dor ao ter de congelar o ombro. O Homem de Ferro deu de ombros. A névoa havia se dissipado de seu corpo.
         - Os guerreiros da terra são tão ingênuos. – suas botas de ferro se acionaram tirando-o do chão. O ataque do Homem de Gelo não o danificou em nada - Agora preciso ir. Um mundo todo para dominar não é uma tarefa tão rápida.
         - Guerreiros da terra? – Ciclope disse de longe – Quem é você?
         - Trouxe um presente para vocês. Um velho e melhorado presente – ele acionou algo em seu pulso e logo dezenas de armaduras começaram a entrar pelo buraco no teto. Não eram armaduras comuns e sim Sentinelas – Essas são as Mark-Sentinelas. Melhoradas com a tecnologia das indústrias Stark. Todas as unidades ataquem para matar. Capturem Henry McCoy e Henry Pym vivos. – as armaduras de cor roxo com prata desceram num único embalo.
         - X-Men, formação de batalha número cinco. – gritou Ciclope assumindo uma posição de luta. Seu talento para liderança era incrível, mas seu orgulho era o contraponto disso. Bobby e Kitty se aproximaram e ficaram ao redor dele. Colossus veio correndo ao encontro deles. Estavam preparados para o embate. As primeiras Mark-Sentinelas desceram para o embate. Anjo alçou vôo para o embate, retirando sua espada da bainha. Fera recuou junto com Hank Pym e Scott Lang. Anjo fez uma investida e, segurando o cabo da espada com as duas mãos, cortou a cintura de uma armadura e decepou a cabeça de outra. Sua espada era feita de Adamantium, a mesma liga metálica de Wolverine. Fez uma evasiva no tempo correto em que um raio vermelho atingiu três Sentinelas, destruindo-as no mesmo instante. Bobby arremessou três lanças de gelo, mas não acertou nada. Mais armaduras desciam sobre o buraco no teto.
         - Lang! – gritou Colossus – Me arremesse ali – apontou para três armaduras que desciam juntas.
         - Agora mesmo – ele pressionou algum botão em seu pulso e no mesmo instante começou a crescer. Com sua imensa mão, segurou Colossus, olhou para o alvo e o arremessou. Ele voou rapidamente e estendeu sua perna para acertar a cabeça da primeira armadura, atravessando-a sem nenhuma dificuldade. Desferiu um soco no peitoral da que estava atrás e segurou a outra, caindo em seguida. Ele a abraçou e pôs debaixo de seu corpo. Todos viram quando Colossus caiu no chão com a Mark-Sentinela que foi esmagada por seu corpanzil metálico.
         Hank Pym puxou um pequeno dispositivo de seu bolso e o pressionou. Uma arma se desenvolveu. Tinha a aparência de uma bazuca. Ele flexionou seu joelho no chão e começou a atirar acertando as outras Mark-Sentinelas que caíram inertes no chão. Todos olharam para cima e não viam mais nada, mas isso não durou muito. Mais e mais armaduras destruíam o teto por inteiro, fazendo com que mais escombros caíssem sobre os X-Men. Mas não apenas isso, sendo que atiravam raios azulados em seus inimigos. O Homem Formiga foi acertado em vários pontos sendo derrubado e gemendo de dor. Ele voltou á forma normal e Fera se colocou em sua frente.
         Ciclope olhou ao seu redor e percebeu que suas chances de vitória ali eram poucas e aquelas Sentinelas não eram as únicas que entrariam. Por mais que aquela sala fosse enorme, ainda era um campo fechado e isso limitava suas ações.
         - Kitty! – gritou ele – Consegue nos tirar daqui com aquilo? – ele citava uma nova técnica que ela ainda estava desenvolvendo.
         - É muito arriscado. – gritou ela em resposta – Não sei se vou conseguir.
         - Não há como vencermos aqui dentro, Kitty. – atirou numa armadura que se aproximava – Precisa fazer isso. Por nós.
         - Eu... – ela ficou sem palavra. Via seus amigos lutando bravamente e ela até agora só observava. Anjo fatiava armaduras em cima. Colossus lutava com quatro delas no chão ao lado de Fera. Bobby arremessava flechas de gelo agora. Até Hank Pym lutava, carregando sua estranha bazuca. Ela precisava fazer alguma coisa – Juntem-se todos! – mas ninguém a ouviu.
         - Juntem-se todos, AGORA! – seu brado foi demasiadamente forte fazendo com que todos a ouvissem. Ciclope pegou Homem Formiga e o colocou em suas costas, para se unir à Kitty. Colossus e Fera se livraram de seus oponentes e correram em sua direção. Anjo desceu dos céus e segurou o Jaqueta Amarela pelo colarinho. Ele não gostou nada disso. – Preciso que todos toquem numa parte de meu corpo. Bobby encostou a palma de sua mão no ombro direito. Fera fez o mesmo. Colossus e Anjo seguraram seu braço. Ciclope e Homem Formiga tocaram em seu pulso. Jaqueta Amarela foi o último segurando a cintura de Kitty.

         - Nós confiamos em você. – ele disse olhando em seus olhos. Ela sorriu preocupada, mas fechou seus olhos. Podia ouvir o som de mais Mark-Sentinelas se aproximando. Ela mentalizou o campo de futebol do Instituto. O lugar era bem aberto e não teriam dificuldade de fugir dali se fosse preciso. Não demorou muito até que todos sentissem um arrepio na espinha e seus pelos se eriçarem. Fecharam os olhos e desapareceram do lugar. As Mark-Sentinelas se chocaram com o chão sem entender para onde seu alvo foi parar. A batalha ainda não havia acabado.

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